
Valença para dia 8 para celebrar sua padroeira!
Autoria: Adriano Pereira, 2023
Valença para dia 8 para celebrar sua padroeira! E quem é valenciana ou valenciano de coração, mesmo estando longe, volta seus pensamentos pra cidade! Mesmo para os não católicos, é impossível não reconhecer uma tradição tão antiga que continua movimentando e envolvendo toda a cidade! A começar pela localização “na igreja destacada, qual farol à beira mar”, como é cantado no hino...
A festa que inicia-se sempre no último domingo de Outubro, com a tradicional lavagem, quando o “cortejo branco” liderado pelas baianas, mestres de capoeira e seguidores sobe a colina, segue por nove noites num crescente movimento...
No dia 8, nas primeiras horas, fogos pipocam em toda a cidade, anunciando a alvorada... Às 7 horas, uma procissão espontânea, em sua grande maioria de branco, com pés descalços, sobe a colina para a tradicional missa dos trabalhadores... Reza a tradição que anteriormente a missa era dedicada, principalmente às operárias e operários da CVI, que também tinham uma novena, no dia 5, quando subiam em procissão, com a imagem que saia da sede da fábrica...
Às 10h, a missa solene, onde participava a “elite da cidade”...
Às 15h, o cortejo sai da Igreja do Alto do Amparo, descendo pela ladeira da CVI, onde é recepcionada pelos trabalhadores no portão da fábrica... segue pela antiga ponte de madeira, passando pela praça do planalto em direção à Vila Operária, onde é recepcionada calorosamente na Praça Getúlio Vargas e pelas ruas estreitas da vila onde senhoras esperam emocionadas nas portas enfeitadas, saudando a procissão com chuvas de confetes... chega ao largo da quadra da Vila, enfeitada com bandeirolas e balões até cruzar as quatro esquinas e dobrar na avenida principal onde, do alto, estendem-se as toalhas rendadas do terreiro Ilê Axé Ori Torokê, zelado pela Mãe Celidalva de Oyá, entre outras casas... a procissão vai alargando-se e cruza a ponte e segue margeando o rio até dobrar no casarão de “Tia Roxinha” e subir pela contra-mão a “rua das caladas”... chega à rua das tabocas, onde passa pelos tapetes artesanais feitos pelos moradores e volta pela “rua da lama” até a praça da República... Neste momento já são milhares de pessoas e o cortejo segue até o Amparo.
FONTE: https://www.facebook.com/share/p/1BGC5ht5nu/ Acesso em 03 de jan. de 2025, às 17h



